
Vocês já devem ter percebido que o rrrrrróque contemporâneo não me emociona muito (exatamente o contrário do que acontece com a música negra). Ainda assim, sempre aparece uma coisinha para incluir na lista de melhores da temporada. Em 2009, por exemplo, foi The xx.
Um ano depois, eis que surge a minha esperança branca da vez: Tame Impala, banda australiana altamente lisérgica. Seu disco de estreia, como bem definiu o Guga, é uma espécie de "enciclopédia psicodélica", com influências de várias vertentes do som chapado. Do garagismo ao shoegaze, do stoner ao trip-hop.
Carimbos à parte, o que importa é o frescor das canções, que passam longe da melancolia e/ou afetação tão comum na produção atual. Porém, e sempre há um porém, "este ainda não é o meu álbum de 2010" (como diria o grande filósofo Álvaro Garnero). Mas disso eu falo na semana que vem.
Por hora, fiquem com o link para baixar as 11 faixas de Innerspeaker - e um aperitivo antes de se aventurar.