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ELE VOLTOU PARA CONFUNDIR


Não espere ver informações biográficas em Alô, Alô, Terezinha!, que estreia sexta em Curitiba. Até porque o Google está aí para isso, certo?

Cru e urgente, o documentário de Nelson Hoineff sequer resvala na trajetória de Chacrinha. O foco é o programa de tevê, tratado como um microuniverso composto por três eixos: os artistas, os calouros e as chacretes.

As dançarinas, aliás, roubam a cena. Não à toa, vão ganhar uma série só delas, a ser exibida no Canal Brasil.

Há quem diga que o filme é sensacionalista, por explorar a imagem, um tanto miserável, de ex-calouros e chacretes. Não vejo dessa forma.

Hoineff quis capturar a essência do Velho Guerreiro, e para isso se apropriou de alguns de seus expedientes (o deboche, a incorreção política, a crueldade). Mais do que isso: buscou colocar na tela a visão que o apresentador tinha do Brasil. Um país plural, zoado, contraditório.

Um recorte, portanto. E, nesse sentido, Alô, Alô, Terezinha! cumpre seus objetivos. Inclusive o de confundir.

"BARRADO POR UM YUPPIE"


Se fosse hoje, Chacrinha não passaria pela portaria de qualquer rede de televisão. Ele seria barrado por um yuppie de 17 anos.

Ele era diferente, melhor, e a televisão sempre apostou na pasteurização. Chacrinha era muito explícito e conseguiu o milagre de ficar na Globo.


Nelson Hoineff, diretor do documentário Alô, Alô, Terezinha!, em entrevista ao blog do Daniel Castro.