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(MAIS) CAGADAS QUE OS HOMENS FAZEM


O título acima faz referência a outro post, sobre Se Beber Não Case - trabalho anterior do diretor Todd Phillips, o novo "rei da comédia" em Hollywood. É que o tema permanece o mesmo.

Especialista em filmes de "homens fazendo merda" (um dos meus gêneros favoritos), ele agora ataca com Um Parto de Viagem. No elenco principal, a revelação do humor em 2009 (Zach Galifianakis) e o astro adulto do momento (Robert Downey Jr., claro).

Nem precisa dizer que a química entre os dois é garantida. Mas o inusitado, aqui, é ver o Homem de Ferro, o Sherlock Holmes, encarnando um sujeito comportado, careta. E sendo extremamente generoso com o colega de cena.

A história é manjada. Dois viajantes de perfis radicalmente opostos são obrigados, por ironia do destino, a atravessar juntos os EUA. Impossível não lembrar de Antes Só do que Mal Acompanhado, do mestre John Hughes (com Steve Martin e John Candy). A diferença é o toque, digamos, escatológico e canábico de Phillips.

Para terminar o pitaco, uma tese meio tola - como sempre. Se no filme do ano passado os homens faziam besteira por fazer, neste eles fazem tentando acertar. Já é um avanço, não?

VERSÃO AMPLIFICADA


Homem de Ferro 2 é mesmo uma versão "amplificada" da primeira parte.

Tem mais ação, humor, efeitos, tiros, mulheres, ficção científica, sentimentalismo e, principalmente, dinheiro. Não à toa, o filme é uma grande vitrine das novas tecnologias que vêm por aí (armas, carros, softwares).

E o Downey, hein? Para mim, é o melhor intérprete de super-herói no cinema até aqui. Foi além do registro correto de um Tobey Maguire, ou de um Hugh Jackman, e realmente se apropriou do personagem.

Mas vai dizer que ele não está a cara do George Michael? Só faltou cantar "Freedom"!

SHERLOCK PORRADEIRO


De volta às cabines de imprensa, hoje vi Sherlock Holmes.

O visual é envolvente e o elenco está muito bem (o filme é um veículo para o Downey jogar charme o tempo todo). Mas as coisas que esse Guy Ritchie faz são sempre meio vazias, não?

O trailer - e a própria ideia de um Sherlok porradeiro - me fizeram esperar mais. Ainda prefiro O Enigma da Pirâmide.

A MISÉRIA DELES


Ontem teve cabine de O Solista, mas resolvi dar um tempinho antes de escrever alguma coisa aqui. Porque não gostei do que vi, mesmo com Robert Downey Jr., Jamie Foxx, Catherine Keener e o diretor Joe Wright no pacote. Reconstruí o filme na cabeça várias vezes e cheguei à conclusão definitiva: achei fraco mesmo.

Outra vez, temos um roteiro inspirado em fatos reais e baseado num livro - o segundo da semana, que já teve Julie & Julia. Aqui, um colunista do Los Angeles Times se encanta com a história do sem-teto esquizofrênico que já foi um prodígio da música erudita. Ele está sensível, em plena crise da meia idade, e acaba se envolvendo além do esperado com o homem que transforma em notícia.

Downey, atualmente em ótima fase, é o jornalista. Foxx, na pele do morador de rua, pleiteia um segundo Oscar (seguindo a lógica que já premiou outros intérpretes de doentes mentais). E o diretor, que me chamou a atenção em Desejo e Reparação, se sai bem numa ambientação contemporânea - ele também fez Orgulho e Preconceito.

O problema é que O Solista tenta denunciar a "América pobre", e o faz num tom mais emotivo do que político. Nada que impressione quem está acostumado a abrir a porta de casa e dar bom dia para a miséria. Mesmo a menção, extremamente sutil, à crise dos jornais americanos soa ingênua.

"Talvez o filme faça mais sentido nos EUA", alguém pode dizer. Pior que não: previsto para estrear no fim de 2008, foi adiado para abril deste ano e passou batido por lá. Periga nem ser lembrado pela Academia.