Mostrando postagens com marcador amor sem escalas. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador amor sem escalas. Mostrar todas as postagens

PRONTO, ACABOU


E até que não me saí tão mal nas minhas apostas.

Só errei mesmo em roteiro adaptado - deu Preciosa no lugar de Amor Sem Escalas. Filme estrangeiro também foi uma surpresa. Mas como não vi nenhum (preguiça), preferi não chutar.

Isso não significa que eu estava torcendo por Guerra Terror, o vencedor do Oscar menos assistido de todos os tempos. Tampouco contra Avatar, motivo de uma raivinha desmedida por parte do público dito "inteligente".

Sobre isso, aliás, percebi uma coisa interessante. Com poucas exceções, a grita contra Avatar vem sempre de quem não é da área do cinema (pitaqueiros de plantão, para variar). Os críticos mesmo, aqueles com horas de poltrona no curriculo, no mínimo se permitiram apreciar a experiência.

Enfim... Fiquei feliz com a vitória da Kathryn Bigelow (já disse aqui que me interesso pelo trabalho de diretoras), nada além disso. E frustrado, mesmo antes da festa, pela indiferença com relação ao Tarantino.

Quanto à cerimônia em si, aquela burocracia de sempre. Valeu por uma ou outra piadinha dos apresentadores e pelo Ben Stiller de Na'vi.

Agora é correr atrás do que ainda não assisti. Tenho a impressão de que vou me amarrar em Um Homem Sério e Direito de Amar.

ATÉ QUE EU GOSTEI


Não é, nem de longe, o Oscar mais empolgante dos últimos tempos. Mas repito o que disse para a Josiane:

Avatar marca a volta do filme-evento, que atrai multidões e ainda inova na tecnologia.

Guerra ao Terror é o filme "deles", sobre o tema do momento por lá.

Amor sem Escalas vai crescendo na cabeça todo dia - bom sinal.

Distrito 9 transborda vigor, energia.

E Bastardos Inglórios é uma grande festa, não?

SENSIBILIDADE PERDIDA


- Me chame quando estiver sozinho.
- Eu já estou sozinho.

Não se engane com a propaganda enganosa e o título brasileiro de Up in the Air, o terceiro filme do Jason Reitman (Obrigado por Fumar, Juno).

Amor sem Escalas não é uma comédia, muito menos romântica. Tem lá seus momentos engraçados, mas resvala na melancolia o tempo todo.

A história não é muito diferente do que já vimos em Jerry Maguire, O Turista Acidental e, mais recentemente, O Solista (só para ficar nos que eu lembro de cabeça agora).

A saber: um homem pragmático e blindado emocionalmente percebe que seu individualismo o isolou do resto do mundo - e vai tentar recuperar a sensibilidade perdida. Será que ainda há tempo?

Por falar em sensibilidade, destaco a do diretor, desde já um especialista em abordar temas urgentes sem apelar para o sensacionalismo. Outra qualidade dele é o trabalho com os atores. Vera Farmiga e, especialmente, Anna Kendrick são boas surpresas.

Sobre o Clooney, não há muito o que falar. É o tipo de ator inteligente, que conhece suas limitações e não se desgasta em registros desnecessários. Precisa mais?

Dizem que Amor Sem Escalas será o grande rival de Avatar no Oscar (já dançou no Globo de Ouro). Nos dois casos, o mote é a "desumanização" do homem. Um bate na tecla ecológica e o outro opta pela via dos relacionamentos pessoais.

Se tivesse de escolher, não teria a menor dúvida. Ficaria com James Cameron e seu filme "família" (a turma ainda não entendeu esse target). Mas não vou dar meus palpites sobre o Oscar sem ver Guerra ao Terror - o que farei ainda nesta semana.