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"A ÚNICA COISA BOA DO BRASIL, NÉ?"


Senna, o documentário, já ganhou pontos comigo pelo trailer maneiro e por ser uma produção internacional - o que garante, teoricamente, uma certa isenção ao projeto. Imagina se fosse da Globo Filmes?

Claro que o personagem é tratado com extrema reverência (e a Globo se faz presente o tempo todo, seja nos depoimentos do Reginaldo Leme ou nas narrações do Galvão). Mas, nas entrelinhas, percebe-se também o lado, digamos, "obscuro" do piloto - um sujeito meio esquisitão, dono de uma fé cega e refém das metas que traçou para si.

O que mais me tocou, no entanto, foi a percepção de que Senna é o herói solitário de um período em que o Brasil estava numa merda sem tamanho. Seu auge aconteceu entre os governos Sarney e Collor, marcados por planos econômicos desastrados e uma certa frustração com a abertura política. Como se não bastasse, nem a seleção de futebol, numa de suas piores fases, consolava o povão.

"Ele é a única coisa boa do Brasil, né?", diz uma anônima qualquer, em uma imagem de arquivo. Mais emblemático, impossível.

De resto, trata-se de um filme inteiramente construído com material de gaveta e pontuado por "offs didáticos" de especialistas em automobilismo. Há, ainda, uma espécie de subtrama dedicada à rivalidade com o francês Alain Prost (digna de uma história de ficção). E antes que alguém pergunte: Xuxa e Galisteu dão as caras, sim.

PS - Ainda quero ver um documentário sobre o bad boy Piquet.

A NOITE QUE NUNCA TERMINA


Uma Noite em 67 é um documentário simples e eficiente, que apresenta o tema para os mais novos e diverte quem sabe da história de cor e salteado. Também emociona, com aquelas imagens de arquivo que a gente não se cansa de rever ao longo dos anos.

De resto, fica a certeza, mais uma vez, de que o grande vencedor do festival não foi o Edu Lobo - por sinal, um tanto desencantado em seu depoimento. Quem lucrou mesmo foram os tropicalistas. Principalmente o Caetano, cuja carreira explodiu para valer a partir dali.

PS - Agora faltam chegar a Curitiba Dzi Croquettes e Filhos de João, Admirável Mundo Novo Baiano. Se é que chegam...

PS 2 - A Marília Medalha está viva, sim, Wagner.

PARA CANTAR JUNTO NO CINEMA


Só para registrar, ontem saiu na FdL uma reportagem que fiz sobre a safra recente de documentários musicais brasileiros.

O texto, para não-iniciados, está dividido em duas partes: aqui e aqui.