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COM O CORPO TODO

Erasmo, não apenas vice-líder da "guarda" de Roberto mas seu parceiro em todas as composições, nunca pareceu atraído sinceramente por nada que não fosse do mundo do rock, e tanto o despojamento do seu canto quanto a energia sexual de sua presença cênica (alto, pesado, firme, com o ar antiintelectual e anti-sentimental de quem vive os temas essenciais da vida com o corpo todo, nessa combinação de homem pós-industrial e pré-histórico para a qual o rock apontou com tanta insistência em toda parte do mundo) fizeram dele para sempre uma figura de tão imponente inteireza que nem as oscilações do mercado, nem as eventuais ingratidões de novos roqueiros, nem o desprestígio do rock como acontecimento cultural de interesse podem abalar.
Caetano Veloso, em Verdade Tropical.
Mas poderia ser o "abre" da resenha - que eu não vou fazer - do show inesquecível do Tremendão na Virada Cultural de Curitiba.
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A NOITE QUE NUNCA TERMINA

Uma Noite em 67 é um documentário simples e eficiente, que apresenta o tema para os mais novos e diverte quem sabe da história de cor e salteado. Também emociona, com aquelas imagens de arquivo que a gente não se cansa de rever ao longo dos anos.
De resto, fica a certeza, mais uma vez, de que o grande vencedor do festival não foi o Edu Lobo - por sinal, um tanto desencantado em seu depoimento. Quem lucrou mesmo foram os tropicalistas. Principalmente o Caetano, cuja carreira explodiu para valer a partir dali.
PS - Agora faltam chegar a Curitiba Dzi Croquettes e Filhos de João, Admirável Mundo Novo Baiano. Se é que chegam...
PS 2 - A Marília Medalha está viva, sim, Wagner.
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ASSIM MESMO
Não vou mentir. Ouvi esse clássico do Monsueto pela primeira vez nos anos 90, na interpretação do Virna Lisi (grande banda, hein?).
Em seguida, conheci a versão que o Caetano gravou no Araçá Azul. Mas o fato é que, até hoje, vira e mexe eu me pego com essa música na cabeça. Coisas da vida, como diria o Vonnegut...
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MEUS DISCOS DO ANO

— Lee Fields & The Expressions, My World
— The xx, idem
— N.A.S.A. (foto), The Spirit of Apollo
— Pet Shop Boys, Yes
— K'naan, Troubadour
— Caetano Veloso, Zii e Zie
— Cidadão Instigado, Uhuuu!
— Erasmo Carlos, Rock'n'Roll
— Emicida, Para Quem Já Mordeu Cachorro...
— Os The Darma Lóvers, Simplesmente
E aí?
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O CORONEL E O LOBISOMEM
ggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggDeixei de comentar duas notícias polêmicas envolvendo "gurus" deste blog.
Gerald Thomas diz que está se afastando do teatro por tempo indeterminado
Caetano diz preferir Marina e chama Lula de "analfabeto"

A do Gerald eu sabia há algum tempo, pois acompanho o blog dele - que também já era. Como disse em outro post, talvez curta mais a persona do que a obra. Então vou ser sincero: sinto mesmo pelo blog.
De qualquer forma, sua angústia é a de muita gente. E pode até ser saudável ter um "estalo" desses de tempos em tempos. Se ele voltar mais doido, terá valido a pena. Mas sem dramalhão, please!

Já o Caetano pegou pesado. Pelo menos para os padrões do brasileiro, que sempre confunde crítica com agressão.
Ainda assim, soou mal. Por mais que o Lula mereça uma lambada que não venha dos Mainardis e Azevedos da vida (gente que não dorme direito com raiva do PT).
No fim das contas, o baiano até que se saiu bem na justificativa. "Não gosto dessa mania de que todo mundo tem que adular Lula, eu não quero adular Lula", disse, no dia seguinte à publicação da matéria.
Na real, o que ele queria era divulgar o show em São Paulo. Conseguiu, às custas da supervalorização de sua opinião.
Gerald Thomas diz que está se afastando do teatro por tempo indeterminado
Caetano diz preferir Marina e chama Lula de "analfabeto"

A do Gerald eu sabia há algum tempo, pois acompanho o blog dele - que também já era. Como disse em outro post, talvez curta mais a persona do que a obra. Então vou ser sincero: sinto mesmo pelo blog.
De qualquer forma, sua angústia é a de muita gente. E pode até ser saudável ter um "estalo" desses de tempos em tempos. Se ele voltar mais doido, terá valido a pena. Mas sem dramalhão, please!

Já o Caetano pegou pesado. Pelo menos para os padrões do brasileiro, que sempre confunde crítica com agressão.
Ainda assim, soou mal. Por mais que o Lula mereça uma lambada que não venha dos Mainardis e Azevedos da vida (gente que não dorme direito com raiva do PT).
No fim das contas, o baiano até que se saiu bem na justificativa. "Não gosto dessa mania de que todo mundo tem que adular Lula, eu não quero adular Lula", disse, no dia seguinte à publicação da matéria.
Na real, o que ele queria era divulgar o show em São Paulo. Conseguiu, às custas da supervalorização de sua opinião.
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"A BELEZA TOTAL"
Para mim, só tem dois aspectos atualmente da realidade. Um é a Banda do Zé Pretinho. E o outro é A Outra Banda da Terra. O resto é o brilho de Gal Gosta, quer dizer, a beleza total Bahia, entendeu?
Caetano, muito louco, entrevistado pelo Glauber no lendário programa Abertura, da TV Tupi. Na sequência, Nelson Motta também dá uma pirada. Circa 1979.
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CAETANO TRISTE (OU NÃO)

Cheguei agora do cinema. Saí correndo da rádio para ver Coração Vagabundo, o filme do Caetano.
Outra vez, só duas pessoas na sala. Eu e o Luiz Felipe Leprevost, que encontrei por acaso e acabou sendo uma ótima companhia. No final, ficamos papeando e ele me deu um livrinho que lançou há pouco. "Livrinho" porque é de bolso. Taí uma das melhores cabeças da cidade.
O filme é para fãs. Não apresenta uma grande novidade ao público, como os documentários do Simonal ou do Arnaldo Baptista. Mesmo para quem gosta muito, é apenas mais uma peça no quebra-cabeça caetânico. Como é um dos meus gurus, curti. Algumas observações e destaques:
- O diretor, muito jovem (e meio-irmão do Luciano Huck), provavelmente não conhecia bem o Caetano. Historicamente falando.
- Num templo budista, no Japão, um monge aparece e diz que adora a música "Coração Vagabundo". O Caetano se amarra nisso.
- É uma das raríssimas vezes em que ele fala sobre a filha que morreu ainda bebê (mesmo que seja bem de leve).
- O filme mostra o momento pré-separação dele. E como o Leprevost disse, o Caetano parece tão triste (apesar da foto acima).
- A Paula Lavigne me constrange.
- E por aí vai...
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ZII E ZIE

Texto que escrevi para A Outra Folha da Terra em abril.
A ilustração é do Marco Jacobsen.
Cê, de 2006, marcou uma espécie de trégua entre Caetano Veloso e parte da minha geração, aquela mais afeita ao rock dito alternativo. De instrumentação básica, o disco flertava com sons do underground e trazia um compositor irônico e agressivo, recém-saído de um casamento de anos.
Com o novíssimo Zii e Zie ("Tios e tias", em italiano), Caetano busca ir além na receita. O esquema baixo-guitarra-bateria-teclados-eventuais agora serve para perverter canções escritas ao violão, como sambas. Uma espécie de leitura pós-punk, ou art-punk, do gênero tipicamente brasileiro. Aliás, o subtítulo do álbum é certeiro: Transambas.
Mas a crítica profissional - obrigada a ouvir, refletir e escrever de um dia para o outro - tem dito que Zii e Zie é só uma continuação chata do trabalho anterior. Eu já diria que se trata da maturação de um processo.
Porque seria quase impossível repetir a energia e o frescor de Cê, disco que registra uma fase totalmente nova na vida do artista. Tanto pela solteirice aos 60 anos quanto pelo encontro com uma banda de jovens músicos, amigos de seu filho Moreno.
Entre um disco e outro, vieram uma turnê, um fatídico registro ao vivo e o projeto Obra em Progresso - uma série de shows em que Caetano testava músicas inéditas para depois postá-las em um blog e no YouTube. Mas, acima de tudo, veio a ressaca da separação.
Cê foi a festa, o porre, o período confuso imediatamente posterior a um rompimento. Zii e Zie é o cair em si, a descoberta da solidão, a necessidade de seguir em frente e explorar outros assuntos. Tudo isso embalado por uma das sonoridades mais concisas que se ouviu por estas bandas nos últimos tempos. Amadurecer, acreditem, ainda vale a pena.
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