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BATEPRONTO: AVATAR


— Nem eu sabia que queria tanto ver Avatar. Até sonhei com isso de ontem para hoje. E nem achei o marketing tão agressivo...

— Foi a cabine de imprensa mais concorrida que já vi em Curitiba. Em São Paulo, li por aí, a fila dava voltas pelos corredores do shopping.

— Sempre achei esse negócio de 3D meio cafona, mas tive de me render à projeção do Imax.

— Falando em cafonice, o filme quase escorrega no tom new age. Reflexos de uma década pop marcada por O Senhor dos Anéis e Harry Potter.

— Como disse o Claudinho, você percebe que a imersão é total quando começa a achar a protagonista digital gata. Aliás, tem uma cena de "namoro" que chega a ser sexy mesmo.

— Tenho certeza de que o filme também funciona nas salas convencionais.

— Avatar contém um pouco de tudo o que o James Cameron já fez. O romantismo de Titanic, as máquinas de Aliens - O Resgate (e a própria Sigourney Weaver), o vilão frio de Exterminador do Futuro, o encantamento de O Segredo do Abismo...

— Há também uma mensagem de crítica aos "poderosos" que aparece em todos os seus trabalhos.

— Sam Worthington realmente será o próximo astro de Hollywood. Tem carisma e faz a linha "fortão sensível", como os conterrâneos Crowe e Jackman. Deve ser a água da Austrália.

— Cameron, mais uma vez, mexe com uma penca de arquétipos para fazer um filme universal. Mas os cínicos de plantão vão dizer que são clichês. E que a história é previsível.

— As 2 horas e 46 minutos voaram. Foi mais rápido do que Bastardos Inglórios.

— Se vai mesmo revolucionar toda a indústria do cinema? Não tenho a menor ideia. Só sei que, como entretenimento, é fantástico. Vou repetir a dose no fim de semana.

BATE-PRONTO: A FAZENDA 2


— O elenco é interessante, mas achei que os perfis poderiam ser mais variados. Tem muito atorzinho e atrizinha.

— Como na primeira edição, todos são incrivelmente burros. Diversão garantida.

— Tá bom, o Xuxa não parece ser tão tongo como os outros. Aliás, é fortíssimo candidato só pelo currículo olímpico. Se mantiver a humildade, vai longe.

— Sheila Mello também larga com vantagem. É a mais famosa do grupo, ou a que teve mais exposição até aqui. O Tchan, quem diria, hoje faz parte da cultura pop brasileira.

— Grande sacada a escalação da ex-namorada do Theo Becker. O motivo? Ser ex-namorada do Theo Becker, oras! Quem disse que reality show precisa de critério?

— Tem gente que sai do BBB direto para a novela das oito. Cacau Melo, não: termina Caminho das Índias e aparece na Fazenda. Quem é o consultor de carreira dessa garota?

— Bombom, lôca, rocks!

— A edição melhorou, ficou mais ágil. Ou melhor: agora, sim, há edição.

— O que não muda é o apresentador. Mandaram o Britto Jr. deixar crescer a barba, vestir camiseta, usar óculos coloridos... Até pulseirinha ele tem agora. Mas continua chato, didático, professoral. Explica tudo milhões de vezes. Ontem, perdi as contas de quantas vezes ouvi "Ana Paula Oliveira, a Bandeirinha".

— Falando nisso, antipatizei com "Ana Paula Oliveira, a Bandeirinha". Tosca demais até para os meus padrões. Tomara que saia no domingo.

LENHA PARA QUEIMAR


Não resisti e vi, ontem mesmo, This is It. E não é que o filme superou minhas expectativas? Algumas observações e destaques de bate-pronto:

— A série de apresentações que o Michael faria em Londres não era uma fuleiragem para faturar um trocados. Pelo contrário. O espetáculo, dirigido pelo coreógrafo Kenny Ortega (Xanadu, Dirty Dancing, High School Musical, etc.), tinha tudo para ser um dos maiores shows da história do pop.

— O time de apoio era fantástico! Dos músicos aos bailarinos, MJ estava cercado dos melhores.

— Michael dominava como poucos o próprio repertório. Sabia exatamente o que exigir dos músicos - e a emoção que devia tirar de cada canção. Sua performance de "Human Nature" é um dos pontos altos do filme.

— Ele era bizarro? Sim. Mas educadíssimo, bem-humorado e carinhoso com as pessoas. This is It humaniza o mito.

— Kenny Ortega é "o" cara. Acabo de descobrir que até a coreografia de Curtindo a Vida Adoidado é dele.

— Em vários momentos, a gente se esquece que o performer genial na tela é um sujeito de 50 anos. Que forma!

— Que voz! E olha que ele estava se poupando (como é natural em ensaios).

— Agora tenho minhas dúvidas se a temporada em Londres era mesmo um sacrifício para Michael. Pelo que se vê no filme, ele estava muito envolvido.

— Entrei no cinema preparado para ver um freak show e saí com a certeza de que o artista, apesar de tudo, não havia perdido sua essência. Trocando em miúdos, Michael Jackson ainda tinha lenha para queimar. Mostrar isso é o grande trunfo de This is It.

CAETANO TRISTE (OU NÃO)


Cheguei agora do cinema. Saí correndo da rádio para ver Coração Vagabundo, o filme do Caetano.

Outra vez, só duas pessoas na sala. Eu e o Luiz Felipe Leprevost, que encontrei por acaso e acabou sendo uma ótima companhia. No final, ficamos papeando e ele me deu um livrinho que lançou há pouco. "Livrinho" porque é de bolso. Taí uma das melhores cabeças da cidade.

O filme é para fãs. Não apresenta uma grande novidade ao público, como os documentários do Simonal ou do Arnaldo Baptista. Mesmo para quem gosta muito, é apenas mais uma peça no quebra-cabeça caetânico. Como é um dos meus gurus, curti. Algumas observações e destaques:

- O diretor, muito jovem (e meio-irmão do Luciano Huck), provavelmente não conhecia bem o Caetano. Historicamente falando.

- Num templo budista, no Japão, um monge aparece e diz que adora a música "Coração Vagabundo". O Caetano se amarra nisso.

- É uma das raríssimas vezes em que ele fala sobre a filha que morreu ainda bebê (mesmo que seja bem de leve).

- O filme mostra o momento pré-separação dele. E como o Leprevost disse, o Caetano parece tão triste (apesar da foto acima).

- A Paula Lavigne me constrange.

- E por aí vai...