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CAMALÕES MUSICAIS


Resgate de uma reportagem sobre bandas de baile que fiz para a FdL. As fotos são do Theo Marques.

A realidade musical do Brasil, definitivamente, não está nos cadernos culturais. Também passa longe da televisão, que deixou de fabricar seus ídolos para cortejar um ou outro fenômeno já estourado nos rincões do país. Nesse cenário periférico e fragmentado, um formato tradicional sobrevive justamente por sintetizar toda essa movimentação: o das bandas de baile.

Radicalmente ecléticos, os conjuntos do gênero atualizam seu repertório mutante o tempo todo, de acordo com o gosto do público. Estar antenado com as novidades, portanto, é sua garantia de longevidade. Ondas musicais vêm e vão - e até os DJs hoje são encarados como artistas. Mas nada parece abalar a força das bandas, que seguem rodando pelas estradas a bordo de seus ônibus coloridos.

Às oito da manhã de uma quinta-feira, um deles estaciona em frente à Sociedade Água Verde, em Curitiba. Traz os integrantes do grupo Almas Iguais, atração do baile marcado para o início da noite. Vindos de Paranavaí, os 15 passageiros (10 músicos e 5 técnicos) estão "no bagaço", como define um deles.

Foram quase nove horas de viagem, a primeira de uma maratona de 11 dias na estrada. Por isso, ninguém se faz de rogado e todos ajudam a descarregar o equipamento. Inclusive os "donos" do conjunto, os irmãos Brito, juntos nos palcos há 25 anos.

Uirá e Antônio, os mais velhos, hoje cuidam apenas da logística dos shows. Ubirá canta, Barrinha toca baixo e outros dois sobrinhos completam o núcleo central. Mesmo surpresos com a abordagem inesperada da reportagem, eles abrem o jogo sobre a atual situação do Almas Iguais, anteriormente conhecido como Corpo e Alma.

Em 2006, um grupo homônimo do Rio Grande do Sul conseguiu provar na Justiça que tinha os direitos sobre o nome há mais tempo. Os Brito foram obrigados a rebatizar a banda, mas a perda da marca foi péssima para os negócios. "Tivemos que recomeçar praticamente do zero", conta Uriá.

Segundo ele, o conjunto chegou a viajar com três ônibus e um caminhão na época das vacas gordas. Agora, com a estrutura reduzida ao mínimo necessário, não consegue sequer manter bailarinas fixas. Para o show daquela noite, duas moças curitibanas "terceirizadas" dançariam por R$ 100.

No geral, uma banda de baile consolidada no mercado faz entre 10 e 12 apresentações por mês. Os cachês variam de R$ 1.500 a R$ 15 mil, dependendo do tipo de evento e do tamanho da estrutura exigida. Quando os "showmícios" ainda eram permitidos pelo Tribunal Superior Eleitoral, os artistas fechavam pacotes de 40 dias seguidos para acompanhar os candidatos.

"A proibição prejudicou muito os músicos. Hoje, a melhor época do ano é o Carnaval. No resto do ano, a gente toca em 'baileco' para sobreviver", diz Uriá.

PINGA NO BAMBU

A montagem do palco vai durar até o fim da manhã. E o que fazer até o início do show, previsto para às 19 horas? "Como não estamos em hotel, ficamos 'coçando' dentro do ônibus", admite Ubirá, o homem de frente do grupo.

O cantor também aproveita o tempo livre para compor. Sim, porque o Almas Iguais não toca apenas covers. Já são quatro CDs gravados, sendo que o quinto está na boca do forno. No último trabalho, o carro-chefe foi a faixa "Uísque e Redbull (Pinga no Bambu)", que pegava carona na mais recente onda etílica da música popular, puxada pelo megahit "Cair, Beber e Levantar".

Mas a tendência já mudou de novo, ele conta. O que pega agora são letras sobre marmanjos que esnobam as garotas, bem ao gosto dos fãs do movimento conhecido como "sertanejo universitário". Vide sucessos como "Chora, Me Liga" (João Bosco e Vinícius), "Paga Pau" (Fernando e Sorocaba) e "Deixa a Mala Pronta" (Hugo Pena e Gabriel) - todos na contramão da dor de corno típica da música caipira.

De olho na moda, Ubirá revela que escreveu uma música "mais moderna" para o novo CD do Almas Iguais. E recita um trecho de "Tô de Boa", que narra a história de um sujeito às voltas com uma ex-namorada louca para reatar o relacionamento. "Tô de boa, tô de boa / Me cuidei, hoje tô bem / Agora numa boa, preciso de um tempo também", diz o refrão.

"Vou batalhar até conseguir um sucesso", confessa o músico, antes de se despedir da reportagem. Naquela noite, porém, o público não teria a oportunidade de ouvir sua candidata a hit nacional. "Hoje o baile é para um pessoal mais velho. Só vai tocar Frank Sinatra, Pepino Di Capri, Manolo Otero", diz, resignado com o gosto da freguesia.


JAIR, O SOBREVIVENTE

Brasil 2000, Metrópole, Santa Mônica, Edição Especial, Almas Iguais, New York, Fonte Luminosa... Enquanto você lê este texto, incontáveis conjuntos paranaenses estão viajando pelas estradas do país - indo ou voltando de shows. Nenhum deles, no entanto, tem mais milhas rodadas do que o Jair Supercap, talvez a banda de baile mais antiga do estado ainda em atividade.

Formado em 1974 pelos irmãos Barreto, de Jacarezinho, o grupo ficou notório pelo carisma de Jair, um showman nato, intuitivo. Quem assistia ao antigo programa do Bolinha, na TV Bandeirantes, na década de 80, deve se lembrar dele. Maquiado e fantasiado, o artista popular divertia o público com suas imitações de Ney Matogrosso, Maria Bethânia, Simone, etc.

Por essas e outras, a reportagem não pensou duas vezes quando descobriu que o Supercap estava escalado para animar uma "domingueira" na Sociedade Água Verde. Entrou em contato com o clube e negociou a cobertura do baile. "Negociou" porque a secretaria impôs uma condição: não fotografar os frequentadores. "É que tem muita gente casada que vem aqui sozinha e não quer ser identificada", explicou uma funcionária.

Corta para o fim de tarde daquele domingo. Nos dois salões do clube, um público, digamos, maduro, dança ao som de sucessos sertanejos e gauchescos. São mulheres e, principalmente, homens entre 45 e 65 anos, envolvidos num clima de paquera quase adolescente. Enquanto Jair e sua trupe não aparecem, um DJ e um grupo de vanerão promovem o arrasta-pé.

Odilon, um dos irmãos fundadores do Supercap, apresenta-se para a reportagem. Chegou antes porque é o técnico da banda, mas conta que já foi baixista. Trocou de lado por conta de uma certa desilusão com o meio. "Ninguém se importa mais com a música. O som ter quem ser alto, só isso", lamenta.

Seja como for, sua mulher e o filho de 20 anos continuam no palco. Ela é uma das vocalistas do grupo, enquanto o rapaz seguiu o pai no contrabaixo. Ao todo, 12 membros da família Barreto fazem parte do Supercap, entre músicos, técnicos e produtores. "É o Jair que mantém todo mundo unido. Se ele tivesse a minha cabeça, já teria parado", confessa Odilon.


OPÇÃO PELA FAMÍLIA

O band leader, enfim, chega ao clube. Passa rápido pelo corredor e o seguimos até o camarim. É um espaço pequeno e precário, com apenas um espelho e marcas de infiltração pelas paredes. Enquanto a garotada do balé se prepara, Jair, o sobrevivente, conversa com a reportagem.

"Quando aparecia no Bolinha, recebi vários convites para largar a banda. Mas optei pela família", diz, sobre a longevidade do Supercap. Aos 57 anos, ele se mantém antenadíssimo com as paradas de sucesso. A prova é uma caixa de papelão que carrega para todo lugar, cheia de fichas com nomes de músicas novas. Até o som emo de Fresno e NX Zero tem lugar no repertório.

Sem citar nomes, Jair comenta as tendências do momento. "Os artistas de hoje duram muito pouco. O pessoal consome música como se fosse bolacha", critica. Os grandes talentos da atualidade, para ele, são Marisa Monte e Ana Carolina. "Gosto de poesia e melodia, coisas que esses grupos que só sabem tocar três acordes não têm", explica.

Quanto aos negócios, o artista (que também é dono de uma rádio em Cambará) não tem do que reclamar. Mesmo com a proibição dos showmícios. "Isso foi bom para quem realmente tem qualidade. Limpou o mercado das porcarias", afirma.

Atualmente, o Supercap faz em média 14 shows por mês, com cachês entre R$ 4 mil e R$ 15 mil. O ponto alto do ano na agenda é a Festa do Peão de Barretos (SP), da qual a banda é uma das atrações mais tradicionais. "Dessa vez, vamos fechar para o Roberto Carlos", orgulha-se.

E por falar no Rei, é hora de começar a apresentação, que vai contar com uma sequência inteira de canções do maior ídolo popular do país. Depois de uma abertura "épica", com direito a efeitos especiais e música techno, Jair sobe ao palco usando um paletó azul, em referência ao homenageado da noite. Ao som de "Detalhes", os casais se grudam no centro da pista.

Na mesma hora, a quilômetros dali, o verdadeiro Roberto faz o grande show comemorativo de seus 50 anos de carreira, no Rio de Janeiro. Está feita uma improvável conexão Maracanã-Água Verde.

SHOW DE TECNOLOGIA

Nos últimos anos, alguns conjuntos de baile também passaram a ser chamados de "bandas show", por conta do aparato que envolve suas apresentações. A começar pelas dançarinas, que tomam conta do palco com seus figurinos e coreografias extravagantes. Mas o que enche mesmo os olhos - e ouvidos - do público são as novidades tecnológicas.

Uma aparelhagem que se preze deve incluir um sistema de luz e som de ponta, além de telões de alta definição (vários, se for possível). São toneladas de equipamentos, carregadas para lá e para cá de acordo com a exigência do contratante. "Para o show de hoje, só trouxemos 20% do que temos", conta Odilon, técnico do Supercap, diante de uma infinidade de traquitanas. Imagina a estrutura inteira...

Guitarrista e gerente da banda Fonte Luminosa, de Atalaia, Jeferson Fontinhas diz que os avanços tecnológicos obrigam os grupos a trocar de equipamentos anualmente. Recentemente, o conjunto comprou novos canhões de luz e trocou todos os telões convencionais por aparelhos de plasma. "O contratante e o público observam muito se a estrutura está atualizada", afirma.

As tecnologias de comunicação são igualmente importantes. Principalmente a internet, que se tornou o principal cartão de visitas dos grupos. Todos têm site, comunidade no Orkut, canal no YouTube, etc. "A internet é tudo hoje. É um vício para o jovem, e o adulto que não entrar nessa vai ficar por fora", diz Jair.

Jeferson vê outra utilidade na web. Para ele, a rede é uma forma de ficar "plugado" nos hits do momento. "Antes de fazer um show em Brasília, por exemplo, a gente entra nos sites das rádios de lá para saber o que anda tocando, as músicas mais pedidas", explica.

POR UMA CINTURA MAIS FINA

Reportagem que produzi para a FdL sobre a nova febre dos espartilhos. Saiu no último domingo. As fotos são do Theo Marques.

Marilia: "Retorno da feminilidade".

Antes de qualquer coisa, um aviso às navegantes: esta não é uma matéria de moda, e sim de comportamento. Isso libera a reportagem de descrever, minuciosamente, a diferença entre corsets, corselets, corpetes e afins. Porque, na subcultura das aficionadas por espartilhos e seus derivados, qualquer deslize conceitual é um pecado digno de execração pública.

Espalhadas pela internet, as comunidades sobre o assunto – só no Orkut são mais de 60! – funcionam como verdadeiras sociedades secretas. Ali, as participantes trocam informações, organizam eventos temáticos, anunciam produtos e, principalmente, discutem acerca da legitimidade de suas peças. Afinal, há quem costure corselets e os venda como corsets genuínos – o que configura um ‘‘crime’’ dentro do meio.

‘‘Esse tipo de comentário em blogs e comunidades já acabou com a carreira de muita gente’’, diz a modelo, estilista e empresária Marilia Melo, de 25 anos. Dona da marca Sundae, ela começou o negócio criando lingeries até desenvolver uma linha de corsets que hoje são o carro-chefe da loja. Mas não sem escapar do olho crítico das concorrentes, que a acusam de não produzir corsets verdadeiros.

Marilia explica que a diferença entre corset e corselet está na estrutura. O primeiro, feito sob medida, é mais rígido e resistente, pois conta com várias camadas de tecido e barbatanas de aço. ‘‘Minha intenção é fabricar em massa, por um preço mais acessível, para que as pessoas tenham várias opções no armário’’, justifica.

Enquanto suas peças custam, no máximo, R$ 220, há modelos que podem chegar à casa dos R$ 2 mil. Como as criações da paulista Madame Sher, a mais famosa ‘‘corset maker’’ do Brasil. Espécie de subcelebridade da tribo, ela vira e mexe aparece em programas de televisão como consultora na área dos espartilhos.

Mas por que, afinal, essa roupa que já foi sinônimo da opressão sobre as mulheres voltou a despertar interesse – e agora fica à mostra? De Madonna à stripper de luxo Dita Von Teese, passando por Penélope Cruz, Nicole Kidman e Rihanna, não são poucas as famosas que adotaram o look ‘‘apertadinho’’. Além do mais, há versões para os mais variados estilos e fetiches (pin up, gótico, psychobilly, vitoriano, cosplay, burlesco, etc).

‘‘Acho que estamos vivendo um retorno da feminilidade’’, opina Marilia. Para ela, peças que deixam a mulher mais sexy são uma resposta à onda andrógina que tomou conta da moda nos últimos anos. ‘‘De qualquer forma, não é uma tendência antifeminista. Os novos corsets são adaptações mais light, confortáveis dos modelos antigos’’, acrescenta.

"LIPO NATURAL"

Conforto, no entanto, não é exatamente o maior atrativo desse revival. Que o digam as adeptas do tight lacing, a prática de amarrar a peça ao máximo para reduzir a medida da cintura na marra. Como se fosse uma ‘‘lipo natural’’, para usar um termo recorrente nas comunidades do Orkut. ‘‘A plástica é muito agressiva. Assim eu corro menos risco’’, diz Aline Walkoff, 27, aluna do curso de Química Ambiental e cobaia de si mesma há cerca de um ano.

Ela conta que desde a adolescência é fascinada pelas ‘‘mulheres de antigamente’’ e suas cinturas finíssimas. Até que, em 2009, tomou coragem e comprou, pela internet, um corset cor da pele que veste por baixo da roupa do dia a dia. Segundo Aline, bastam três ou quatro meses para que a praticante comece a ver o resultado da transformação – se tirar a peça somente para tomar banho, claro.

Recém-iniciada no tight lacing, Fernanda (nome fictício) aposta na juventude para acelerar seu processo de modificação. ‘‘Como ainda sou nova, vai ser mais fácil’’, afirma a estudante de 17 anos, que cursa o ensino médio. Ela garante que perdeu cerca de três centímetros de cintura em apenas duas semanas.

Naturalmente, a mudança exige alguns sacrifícios. ‘‘Você tem que se sentar e levantar com calma, não pode comer muito e, às vezes, sente dores nos ossos’’, admite Fernanda, que diz ter consultado um ortopedista antes de comprar seu corset da Mamade Sher (por R$ 440). ‘‘O médico falou que é até bom usar, porque mantém a coluna ereta’’.

Aline: corset bem apertado por baixo da roupa "vitoriana".


Mas como estamos na era do ver e ser visto, não basta adotar um visual extravagante ou modificar o próprio corpo. É preciso mostrá-lo. Nos álbuns de fotografias do Orkut, as aficionadas por corsets fazem questão de exibir suas peças, com todas as caras e bocas a que têm direito. Também se apresentam ao vivo, em encontros temáticos que rendem uma infinidade de fotos e vídeos para a web. Em Curitiba, por exemplo, um piquenique de inspiração vitoriana movimentou a cena no ano passado.

Para Aline, fã da cultura gótica, esses eventos são uma oportunidade de se liberar um lado artístico. ‘‘Misturamos a reconstituição histórica com um visual alternativo. Não nos vestimos do jeito que a sociedade diz que deve ser’’, afirma a estudante, que posou para a reportagem com a mesma roupa que usou no encontro vitoriano de 2009.

Já Marilia, que faz a linha pin up moderna (e não pratica o tight lacing), vai além e põe o dedo na ferida da própria geração. ‘‘São os 15 minutos de fama, só que você fica famosa numa comunidade. Para a maioria das meninas, o que importa é chamar a atenção de qualquer forma possível. É uma maneira de ficar conhecida e receber elogios sem ter nenhum talento’’, ironiza.

EFEITOS COLATERAIS

Fisioterapeuta e professora da PUCPR, Auristela Moser também é coordenadora do projeto Escola de Coluna. Trata-se de um serviço gratuito criado pela universidade para oferecer orientações sobre a postura correta e treinamentos com exercícios adequados. Sobre o tight lacing, ela alerta: ‘‘é uma prática que realmente resulta numa modificação corporal, mas os efeitos colaterais podem ser muito graves’’.

Segundo a fisioterapeuta, o espartilho muito apertado bloqueia a movimentação do diafragama e, por consequência, prejudica a oxigenação e a circulação. A longo prazo, ela explica, a praticante pode ter a capacidade vital pulmonar diminuída, bem como o enfraquecimento do diafragma. ‘‘Dessa forma, será mais difícil combater doenças respiratórias sérias ou mesmo uma gripe’’, afirma.

Do ponto de vista postural, Auristela também não vê vantagens no tight lacing. Para ela, a postura é uma atitude do indivíduo e, portanto, não se corrige ‘‘de fora para dentro’’. ‘‘É como colocar o corpo numa fôrma e não deixá-lo crescer livremente. Obviamente, vai haver uma deformação’’.

LEITURA DIÁRIA


Manchete do Meia Hora.

"É VILMA"


Repórter da Folha de S.Paulo conversa com uma beneficiária do Bolsa Família na favela do Suvaco da Cobra, em Jaboatão dos Guararapes (PE).

FOLHA - A sra. sabe que haverá eleições neste ano?
SUELI DUMONT - Para prefeito?

FOLHA - Não, para presidente. A sra. conhece os candidatos ou sabe em quem vai votar?
SUELI - Em Lula!

FOLHA - Mas ele não pode ser candidato desta vez...
SUELI - Ai meu Deus! Pode não?

KÉSSIA (filha de Sueli) - Ô "mainha", é a mulher de Lula que vai entrar no lugar dele.
SUELI - Como é o nome dela?

KÉSSIA - É Vilma.
SUELI - Vou votar em Vilma.

O DAIME NA MIRA


"Ayahuasca sem Dogma" é o título de uma matéria que escrevi em novembro de 2008 para a FdL. A ideia era mostrar os grupos urbanos e independentes que tomam o chá.

Desde a morte do Glauco, tem sido a reportagem mais acessada do meu outro blog. E deve continuar assim, já que esse assunto ainda vai render muito na imprensa.

Seguem trechos (ou leia tudo aqui). A foto, tirada no subsolo do Instituto Ayahuasca, em Curitiba, é da Letícia Moreira.

(...) Estima-se que 20 mil brasileiros são adeptos das três religiões sincréticas calcadas no uso da substância: Santo Daime, União do Vegetal (UDV) e Barquinha. Esse número, no entanto, pode dobrar quando entram na conta os centenas de grupos independentes espalhados pelo Brasil. (...)

(...) Só em Curitiba existem, pelo menos, dez deles. Do novato Centro Universalista Mãe Terra (CEUMT), com cerca de 15 frequentadores, ao consolidado Instituto Ayahuasca, cujo espaço costuma receber até 60 pessoas por sessão. Sem contar iniciativas isoladas, promovidas em círculos restritos de amigos. (...)

(...) Mais de 50 pessoas se reuniram, no último domingo, na sede do Instituto Ayahuasca, no bairro do São Francisco, em Curitiba. Gente, basicamente, de classe média e formação universitária, mas de todas as idades. Já passava das 14 horas quando Fernando Cracco, responsável pelo centro, iniciou uma preleção. (...)

(...) Durante a rápida palestra, Cracco explica os detalhes do ritual e descreve os benefícios trazidos pelo chá. Entre eles a possibilidade de curar dependentes químicos e viciados em geral. "A ayahuasca é uma professora. Ela vem para ensinar e libertar a pessoa de tudo o que a escraviza" diz. E enfatiza: "Vocês vão ter um encontro com vocês mesmos, com seus céus e infernos". (...)

LEITURA DIÁRIA


Manchete de hoje do Meia Hora.

DALTON FALA


(...) Estamos em uma movimentada esquina. O sinal fecha.

– Dalton? – eu pergunto. Ele vira e me olha desconfiado. Peço um autógrafo nos três livros que retiro de dentro de uma sacola plástica.

Ao se deparar com uma rara primeira edição de Cemitério de elefantes, publicada em 1964, o contista reclama:

– Mas esta edição eu renego! Já reescrevi diversas vezes! (...)


No ano passado, a Folha de Londrina publicou uma matéria de um estudante de jornalismo de Maringá, Alexandre Gaioto. Era o relato de uma conversa que ele teve com o Dalton Trevisan. Com um detalhe: em nenhum momento, o rapaz revelou ao escritor que transformaria aquele encontro numa reportagem.

Rolou uma certa polêmica interna na época, com parte da redação indignada com a suposta falta de ética do estudante. Eu, que achei a história engraçada (e não tenho toda essa tara pelo Vampiro), defendi a publicação da matéria.

Um ano depois, o sujeito voltou a Curitiba e perseguiu o Dalton novamente. O reencontro, desta vez, foi parar no Jornal do Brasil (leia aqui).

Continuo a favor da "estratégia". E você?

EXÉRCITO DO SURF (DE TREM)



Ontem morreu mais um garoto que brincava em cima de um trem nos arredores de Curitiba - leia aqui. Para quem quiser entender melhor essa nova onda (sem trocadilhos) de surf ferroviário, reproduzo abaixo uma matéria que escrevi sobre o assunto em agosto do ano passado.

No início da década de 90, imagens de jovens se arriscando sobre os trens urbanos da Central do Brasil, no Rio de Janeiro, correram o mundo. Era o fenômeno do surf ferroviário, que logo se espalhou por outras cidades brasileiras e ganhou destaque na rede de tevê CNN, responsável por uma série de reportagens sobre o tema. Quase vinte anos depois, essa prática perigosa e ilegal está mais viva do que nunca, agora nas composições de carga.

Não à toa, a ALL (América Latina Logística), maior empresa do segmento com base ferroviária, acaba de lançar uma campanha de conscientização para coibir o surf ferroviário. A ação, que prossegue até dezembro, contempla as cidades de Curitiba (e Região Metropolitana), Santos, Sorocaba, Araraquara e Bauru, consideradas de maior incidência.

No Paraná, a companhia registrou seis acidentes com morte desde 2006. Quatro deles ocorreram apenas em dezembro do ano passado, o que indica um aumento no número de praticantes. A última vítima foi Anselmo Rodrigues dos Santos, de 22 anos. No dia 19 de julho, ele teve o corpo partido ao meio depois de cair de um trem no município de Piraquara, a cerca de 20 quilômetros da capital.

Segundo a polícia local, Anselmo estava acompanhado de outros dois rapazes, que fugiram depois do incidente. A família, no entanto, acredita que ele foi assassinado. Uma história complexa, que inclui brigas entre irmãos e acusações de abuso infantil. ''Uma irmã nossa, que nunca gostou do Anselminho, andou dizendo por aí que ele estuprou a filha dela. Os homens da vila se revoltaram e jogaram ele no trilho do trem'', resume Lindemir, outra de suas irmãs.

Seja como for, ela admite que Anselmo tinha o hábito de ''brincar'' nos vagões da ALL. ''A gente sempre aconselhava ele a não fazer isso. Por causa do perigo e porque os seguranças da empresa podiam pegá-lo'', diz a moradora da Vila Macedo, em Piraquara.

Anselmo, um adulto, destoa, em parte, do perfil do ''surfista'' apresentado pelo departamento de segurança da companhia: crianças e adolescentes carentes de regiões cortadas por linhas férreas. E basta uma rápida pesquisa na internet para perceber que a prática também é adotada por jovens de classe média. Só na rede social Orkut, há mais de 20 comunidades sobre o tema cadastradas. Sem contar os vídeos postados no YouTube com registros de ''aventuras'.

Procurada pela reportagem, Carolina Goulart, coordenadora dos programas de segurança da ALL, afirma que conhecia as comunidades virtuais dos surfistas - mas não imaginava que eles também se exibem no portal de vídeos. Ela explica que as ações de conscientização são desenvolvidas dentros das comunidades, por meio de palestras e da distribuição de materais educativos. ''Os garotos sobem nos trens pela adrenalina, porque não têm outras opções de lazer'', diz.

Carolina ainda conta que, no interior de São Paulo, a ALL presenteou crianças com bolas, e isso diminuiu a incidência da prática. Mas como chamar a atenção dos jovens mais abastados, que têm acesso à internet e câmeras de vídeo? Segundo a coordenadora, o mapeamento das áreas de risco feito pela companhia não apontou surfistas com o perfil identificado pela reportagem - e, portanto, ainda não há qualquer tipo de ação voltada para esse público.

''É QUASE SUICIDA!''

''Surf é arte, cair faz parte'', diz o lema de uma das várias comunidades do Orkut dedicadas aos surfistas ferroviários. Outro termo comum é ''rabeira'' (ou ''rabêra''), usado por quem apenas pega carona nos engates dos trens - uma versão um pouco menos radical do surf propriamente dito.

Nos dois casos, a motivação é a aventura, a adrenalina envolvida na prática. ''O barato é curtir o vento na cara e o cheiro da natureza'', diz um internauta do grupo de discussão ''Pego Rabêra de Trem''. Outro afirma que ''é mais massa quando o trem está em movimento''. E arremata, empolgado: ''É quase suicida!''.

Muitos dos praticantes são montanhistas que percorrem a serra do mar pendurados nas composições. Um deles confessa que uma de suas viagens ''quase deu em m..., mas foi melhor do que ir a pé''. Há, ainda, quem se gabe de pular de um vagão para o outro. ''É muito louco, e tinha uma galera junto'', conta um rapaz.

Mas nada melhor do que os vídeos do YouTube para comprovar que o surf de trem é mesmo uma mania. Alguns chegam a ser embalados por trilhas sonoras de rock e hip-hop, a exemplo dos clipes de esportes radicais. Outros são ainda mais alarmantes, como o que mostra os praticantes segurando ''tubões'' (garrafas pet com refrigerante e cachaça) enquanto se divertem. Ou o assustador registro de um grupo de meninos portando pistolas (verdadeiras ou não) no alto de um vagão.

Na era da internet, não basta se aventurar e correr perigo - é preciso mostrar para quem quiser ver.

A FÉ GLOBALIZADA


Só para registrar, hoje saiu uma reportagem que produzi sobre a Fé Bahá'í (rola até o relato de uma refugiada iraniana). Seguem trechos. A primeira das três partes do texto está aqui.

(...) Uma das religiões monoteístas mais novas, a Fé Bahá'í surgiu no fim do século 19, na Pérsia (onde hoje é o Irã). Espalhou-se rapidamente pelo mundo e atualmente conta com cerca de 7 milhões de seguidores em 240 países. Inclusive no Brasil, onde 50 mil pessoas - descendentes de iranianos ou não - declaram-se bahá'ís.

Os adeptos crêem que o fundador do movimento, Bahá'u'lláh (1817-1892), foi um mestre divino como Buda, Moisés, Maomé, Krishna, Jesus Cristo etc. Em 1863, ele declarou ser o portador de uma mensagem que defendia a unidade das religiões e a igualdade entre os sexos, entre várias outras propostas inovadoras para a época. Logo passou a ser perseguido e terminou seus dias preso na região da Palestina Otomana, atual Estado de Israel.

(...) Para os fiéis, a globalização, como conhecemos, é o início de uma fase de ''maturidade'' da humanidade, baseada na paz universal e no desenvolvimento das potencialidades do indivíduo. Eles também acreditam que o profeta previu a criação da internet (''a base comum para a comunicação dos povos'').

Essa busca por unidade é justamente o principal alvo das críticas contra o bahaísmo, muitas delas feitas em tom de teoria conspiratória. Textos disponíveis na web, especialmente em sites de denominações evangélicas, acusam os líderes de tramar o estabelecimento de uma nova ordem mundial que vai apagar todos os traços culturais e religiosos das nações. E mais: o plano de dominação começa pela infiltração em pontos estratégicos das Nações Unidas.

NÃO FOI UMA VERGONHA


Sinceramente, não acho que o Boris Casoy quis ofender os garis. Ele cometeu, isso sim, uma tremenda gafe ao falar na hora errada (tem que esperar sair do ar, né?).

Tive a impressão de que o comentário foi sobre a mediocridade dessas pautas de fim de ano. Além do mais, o que aqueles dois lixeiros (sorry, garis) têm para comemorar?

O mal do jornalismo é que o produto tem de estar na rua mesmo quando não há assunto. Por isso é bom ter um blog...

PARA CANTAR JUNTO NO CINEMA


Só para registrar, ontem saiu na FdL uma reportagem que fiz sobre a safra recente de documentários musicais brasileiros.

O texto, para não-iniciados, está dividido em duas partes: aqui e aqui.

TELECURSO


Eu, que nunca dei muita bola para o Caco Barcellos, hoje pago o maior pau para o Profissão Repórter - de longe, o melhor programa da Globo atualmente.

Ontem rolou o complemento da cobertura da reta final do Brasileirão. E a equipe matou a pau de novo, em mais uma daquelas aulas que não se tem na faculdade

Mesmo a parte de Curitiba, prejudicada pela inexperiência do foca, rendeu uma discussão interessante sob os limites da reportagem. De lambuja, mostrou o total despreparo dos seguranças do Couto Pereira, que tentaram proibir o time do Fluminense de se proteger no túnel dos árbitros.

Se você não viu, corre que tem aqui.

REALIDADE PARALELA


Não quero ficar implicando com o Planeta Diário, onde tanto aprendi. Mas essa foi demais.

O RÁDIO NA TELA E NO PAPEL
Livro e filme que serão lançados hoje tratam do veículo de comunicação que teima em existir


Trabalho (com muito gosto) nos dois meios e garanto: se há um suporte que "teima em existir", este é o jornal impresso. O rádio vai bem, obrigado.

"MENDIGOS CANIBAIS VENDIAM CARNE HUMANA PARA RESTAURANTE NA RÚSSIA"


Melhor título dos últimos tempos. Aliás, o noticiário insólito do R7 já começa a rivalizar com o do G1. Na mesma linha:

- Veado burro morre em briga com estátua
- Argentina sinistra faz arte sebosa com gordura de gente
- Sobremesa com Viagra bomba feira na Colômbia
- Se você não vai e pega o avião, o avião vem e pega você
- Mulher sua frio, treme e até desmaia ao ver legumes
- Homem queria assustar o gato, mas matou a mãe
- Família come sem querer cinzas de parente morto em setembro
- Burros espertos resgatam mulher enterrada viva
- Filho perde o braço e vai dormir para não levar bronca da mãe

E a dos mendigos canibais, claro.

DESCONTA NO BANNER!


Os queridos colegas do sindicato que me perdoem, mas esse protesto que rolou hoje foi, no mínimo, ingênuo.

Quando se completam cinco meses da absurda decisão do STF sobre nosso diploma, os jornalistas do Paraná terão a oportunidade de protestar e fazer uma boa ação. O Sindijor vai promover a partir das 13h, a manifestação “Sapatada no Gilmar Dantas”.

A idéia é que os jornalistas compareçam com um par de sapatos usados, para jogar no banner “Fora Gilmar Dantas”, repetindo o gesto do jornalista iraquiano Muntazar Al-Zaydi que, numa coletiva, arremessou a sua bota no George Bush. Os sapatos arrecadados serão repassados a uma instituição de caridade.


Mais fotos, de Carolina Siedlecki, você vê aqui.

DÁ NO QUE DÁ


Missão do último plantão: produzir uma matéria sobre o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Trânsito.

Poderia ter apenas "penteado" um release, como se diz. Mas resolvi ir atrás dos organizadores da mobilização em Curitiba. Eram três (Roberto, André e Cristiane).

Dois deles estavam com os celulares desligados. E o outro queria me passar para um ex-governador que representa uma associação nacional de seguradoras, apoiadora do evento. Nem anotei o número.

Quando estava prestes a reduzir o assunto a uma nota, a Cristiane retornou a ligação. Conversávamos sobre a programação do dia quando resolvi investigar sua história pessoal, para saber o motivo de seu engajamento.

A explicação dela começou assim: "No dia 7 de maio, meu filho morreu num acidente de carro causado pelo ex-deputado estadual Fernando Ribas Carli Filho". Pois é, amigos. Eu não sabia, mas estava falando com a mãe do Rafael Yared.

É que o release só trazia o primeiro nome dos organizadores e o número do telefone. Na correria, não fiz a associação. De qualquer forma, pedi desculpas pela gafe e continuei a conversa como se nada tivesse acontecido (qual o problema, afinal?).

Cristiane percebeu que eu estava interessado nela, na sua vida após a tragédia, e desandou a falar. Contou sobre a empresa da família, o grupo de apoio que montou, a atividade como pastora da igreja Evangelho Eterno (uma dissidência recente do Evangelho Quadrangular)... Também garantiu que não vai sair candidata em 2010.

Sua força, agora, vem do ativismo. Ela tem o assunto na ponta da língua - dados, estatísticas, leis. Vive para falar disso, o tempo todo. Um discurso quase automático. Quem pode julgá-la?

A empresária acredita que leis mais severas e campanhas de conscientização maciças vão reduzir o número de mortes nas ruas e estradas. Não manjo do tema (sequer dirijo!), mas tenho minhas dúvidas.

Só sei que há carros demais por aí. Carros frágeis e rápidos. Quanto maior a quantidade, maior o risco de acidentes. É a lei das probabilidades, certo?

Enquanto isso, a turma continua correndo para comprar. Mesmo sem o imposto reduzido. E ainda tem o fenômeno das motos. Dá no que dá.

É verdade que o caso de Rafael foi uma monstruosidade. Pela velocidade e o grau de bebedeira do ex-deputado fabricado e metido a super-homem. Ainda assim, insisto: o número de desastres é proporcional ao tamanho da frota.

Disso, a imprensa nunca trata. Imagina se vamos perder os anúncios... Para piorar, há veículos que capitalizam em cima da tragédia criando suas próprias campanhas de conscientização. É o marketing social travestido de jornalismo cívico.

Taí o tipo de morte mais estúpida que existe.

SAIA MAIS CEDO DA REDAÇÃO


Se você é jornalista, clique na imagem para conhecer essa ferramenta utilíssima (especialmente nos dias de plantão).

APOLOGIA?


Continuo fazendo a festa com meu novo brinquedo: o contador de visitas do blog.

Não o deste, lido por meia dúzia de chegados. Mas o outro, de reportagens, atrai figuras até de outros países, que caem lá depois de uma busca no Google. Como dá para ver as palavras que o internauta digitou, a diversão é garantida.

Nos últimos dias, aumentou a procura por balões, baloeiros e afins. Uma subcultura que, apesar de ilegal, cresce loucamente no Brasil e movimenta um comércio de materiais, DVDs, camisetas e bijuterias "temáticas".

Quando saiu minha matéria sobre o assunto, houve quem dissesse que eu estava fazendo apologia ao crime. Bobagem. A proposta era entender a motivação dos baloeiros. Sem julgamentos.

E admito: só procurei a polícia e os bombeiros porque o texto sairia num jornal, num veículo tradicional. Se fosse um trabalho independente, teria passado batido pelas autoridades. Porque a gente já está careca de saber o que o lado oficial tem a dizer.

O jornalismo, meus amigos, não é uma ciência exata. Cada um deveria fazer como acha melhor. Com honestidade, claro. Mas sem fórmulas que engessam.

Seguem os tradicionais trechos. Para ler tudo, entre aqui.

PS: O balão da foto é de outro tipo, eu sei. É que achei muito massa.

(...) O noticiário policial revela apenas superficialmente o estágio atual de uma tribo que não para de crescer: a dos baloeiros. Antes uma manifestação folclórica, a soltura de balões juninos ganhou uma ''pegada'' de cultura urbana contemporânea e hoje se espalha pelas periferias brasileiras.

(...) Editados como clipes de esportes radicais, os registros de soltura e resgate de balões são uma febre. E não apenas na web. Há um verdadeiro ''mercado negro'' de DVDs que buscam transmitir a emoção envolvida na atividade. Para se ter uma ideia, a série Capital Ecológica, produzida em Curitiba, já está na 13 edição. O mesmo grupo lançou, recentemente, um vídeo dedicado exclusivamente à caçada de balões, Profissão Resgate.

(...) Gordo é formado em Administração de Empresas e atua na área. Mas já vendeu papel de seda para se sustentar. "Construí uma casa só com o dinheiro do papel", afirma. Ele conta que empresários do setor, e também do ramo de fogos do artifício, costumam patrocinar concursos de balões, os chamados Bocas de Ouro.

JORNALISTICIDAS


Se todo jornalista burocrata fizesse ao planeta o imenso favor de abandonar imediatamente a profissão para ir plantar pitanga num sítio remoto, a imprensa seria dez,vinte, cem vezes mais interessante.

Mas, não. Nossa imprensa é “previsível, empolada, chata - meu Deus, como é chata”, para repetir as palavras de São Paulo Francis.

Faz parte do folclore jornalístico : desde o tempo dos dinossauros, as redações sempre estiveram povoadas de jornalisticidas, os imbatíveis assassinos do jornalismo, gente especializada em tornar cinzento, burocrático e entediante tudo o que poderia ser vívido, interessante e envolvente.

Lástima, lástima, lástima. Fraude, fraude, fraude.

Do Geneton Moraes Neto.

PERDI QUATRO ANOS


É sério, li no Comunique-se. O curso tem 45 horas (ainda acho muito).

Tô adorando o fim da obrigatoriedade do diploma. E, principalmente, o fato de que o mundo não acabou por causa disso.