"AMOR EU DOU EM CASA"


Coloquei, finalmente, um contador de visitas nos blogs (valeu, André!). Agora entendo porque o número de comentários não reflete o de visitas.

A surpresa maior veio do blog de reportagens. O site está meio parado, mas é acessado por curiosos de todos os cantos. Pudera: temas tabu sempre dão um caldo.

Só hoje, até o fim da tarde, teve gente que caiu lá porque estava pesquisando sobre armas de fogo, sexo no carro, cursos de oratória, naturismo, santo daime e troca de casais.

E por falar em swing, faz um ano que saiu a minha investigação sobre a cena local da "modalidade". Não foi a primeira e nem será a última matéria a tratar do assunto, mas tem lá seu diferencial - talvez por isso tenha repercutido tanto.

Acho que o material vai um pouco mais fundo nos depoimentos dos personagens. Não se limita a narrar o que acontece nas casas especializadas. Aliás, essa é a última parte do texto, escrito em ordem cronológica inversa - começa com a última entrevista e termina num clube, no começo da apuração.

Seguem alguns trechos. Para ler tudo, entre aqui.

''A vida muda depois do swing. A nossa rotina era trabalhar, ver novela e dormir. Agora temos uma programação social intensa, com atividade o tempo todo'', diz Ronaldo, 39 anos, que pesava mais de 100 quilos antes de frequentar o clube. Hoje, obriga-se a estar em forma, para não fazer feio entre os swingers.

Para Cris, que tem a mesma idade, as amizades surgidas nesse meio são mais sinceras e menos interesseiras. Aliás, os casais liberais dividem as pessoas em dois grupos: ''colorido'' e ''preto e branco''. ''Com os coloridos a gente pode conversar sobre tudo. Já com os preto e branco (sic) é diferente. É aquele relacionamento frio, de vizinho'', explica.

(...) Ter um casamento estável e sólido também está entre os requisitos básicos. ‘‘O swing não é uma tábua de salvação para a relação. Pelo contrário. O casal que está mal normalmente acaba se separando depois de experimentar a troca’’, afirma Camargo, dono do Desiree Club.

E o mais importante: separar sexo e sentimento. ‘‘Minha mulher pode transar com um cara a noite inteira. Se, no final, ela deitar no colo dele e fizer carinho no rosto, o pau vai quebrar’’, diz o empresário.

(...) Como todo swinger, Rodrigo também tem o próprio código de regras, para evitar que os avulsos passem dos limites. E quais são esses limites? ‘‘É o cara achar que a mulher é dele’’, explica. Beijar na boca, por exemplo, está terminantemente proibido. ‘‘Isso é muito pessoal. Amor eu dou em casa’’, justifica.

2 comentários:

  1. Tamo aqui pra isso mesmo. Só cuidado com o "efeito Gugu Liberato", que deixa a turma vidrada na audiência.

    ResponderExcluir
  2. Ah... E eu aqui pensando em colocar uns vídeos da banheira, pra chamar a rapaziada.

    ResponderExcluir