UM PROGRAMA NADA "MÉDIO"



Estou produzindo uma reportagem para a FdL sobre funk carioca em Curitiba. Funk, digamos, popular, não a apropriação estética feita pelo Bonde do Rolê (nada contra, que fique claro).

Como "a verdade está lá fora", troquei o plantão de sábado por um pulo na Noite das Preparadas, último baile do ano na Sociedade Abranches. Na programação, muito som mecânico e a participação, ao vivo, do MC Jura e suas Causadoras do Funk. Conversei com o sujeito uns dias antes, mas sobre ele eu falo depois, na matéria que vai sair.

Por hora, dá para dizer que me diverti para caramba. Principalmente com o desembaraço do público, vindo de bairros afastados do Centro e cidades da Região Metropolitana como Almirante Tamandaré e Colombo. Para se ter uma ideia da farra, mulheres entravam de graça se estivessem de minissaia. Efeito Geisy total!

Cheguei sozinho, comprei uma cerveja (de garrafa, servida num copão de plástico) e me posicionei perto do gargarejo. O começo foi meio morno, como mostra o vídeo acima. A turma só se soltou mesmo no "momento Créu", quando o MC chamou umas doze garotas da platéia para mandar ver no palco.

A partir daí, a sacanagem tomou conta do lugar. E dá-lhe strip masculino, calcinhas fio-dental à mostra e a inacreditável dança da rã. Saí de lá às 3h, com uma dúvida na cabeça: como encarar uma balada "normal" depois dessa? Logo eu, que fico entediado só de pensar num show de rock alternativo com discotecagem modernosa.

Como diria Danuza: "O que me chateia é programa 'médio', sabe?".

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