SEM MEDO DO RIDÍCULO


Eu sabia que Um Novo Despertar seria do tipo oito ou oitenta, ame ou odeie. Afinal, o que esperar de um filme em que o Mel Gibson passa o tempo todo com um fantoche na mão?

É isso mesmo. Aqui, o astro intolerante e beberrão vive um empresário em profunda depressão que acaba criando, sem querer, um metódo bisonho de autoanálise. E, cá entre nós, ninguém melhor do que um maluco para interpretar outro.

Ao se anular, e deixar um boneco em forma de castor falar por ele, Walter Black recupera a força para se relacionar com a família e salvar sua companhia da falência. Como se não bastasse, também vira um "case" midiático nacional.

Mas o que parece ser apenas uma lição de vida barata, no estilo autoajuda, ganha contornos mais dramáticos, graças ao roteiro bem centrado de Kyle Killen (outro talento promissor egresso da tevê). Revela-se, então, uma história sobre as dores que nos acompanham. Ou melhor: sobre como administrar essas dores.

Sem medo do ridículo, a diretora Jodie Foster (e mulher de Gibson na trama) compensa sua narrativa convencional com sensibilidade na condução de atores. No entanto, cabe ao espectador deixar o cinismo de lado e embarcar nessa fábula aparentemente absurda. Do contrário, vou logo avisando, periga você se irritar e sair no meio da sessão...

PS - Meu primeiro "pê ésse" da vez vai para a incrível Jennifer Lawrence (20 aninhos e um futuro brilhante pela frente).

PS2 - É incrível como todos os filmes são comédias para os curitibanos. Acho que já pagam o ingresso rindo. Ontem, gargalharam numa cena de tentativa de suicídio!

3 comentários:

  1. Se o comentário foi seu, eu confio ;)

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  2. síndrome da plateia mal-educada o caso dos curitibanos que riem compulsivamente nos filmes. o mesmo aconteceu comigo quando fui assistir Água para Elefantes

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  3. Somos a cidade berço de Diogo Portugal. Que orgulho.

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