ENTREVISTA: SÉRGIO DIAS (OS MUTANTES)
Aproveitei que Os Mutantes tocaram por aqui e fiz uma entrevista rápida com o Sérgio Dias. Em pauta, a desconfiança da imprensa brasileira (ou de parte dela) com relação à formação da banda sem o Arnaldo Baptista. Seguem uns trechos brutos A versão para o consumidor final (hehe) está aqui.
"Olha, lindo. A problemática é a mesma desde que a banda nasceu. E acredito que aconteça com você também, na sua profissão. Aqui no Brasil, a gente sofre uma repressão imensa. Temos que fazer as coisas do jeito que esperam que a gente faça. Nos anos 60, me disseram, por exemplo, que uma música como 'Balada do Louco' não iria chegar a lugar nenhum."
"O Brasil ainda vive uma enorme depressão por causa da ditadura militar, que resultou numa devastação cultural. O brasileiro está com muita raiva. No trânsito, nos bares, na crítica musical. Até sexualmente. Vão tomar banho! O Arnaldo sempre entra e sai da banda. O que eu posso fazer? Isso é problema dele. É problema da Rita Lee. Deixa eu viver o que a vida está me trazendo. As pessoas têm que entender que Os Mutantes não são mais só do Brasil."
"O Dinho é um cara fenomenal. Tem uma importância imensa dentro d'Os Mutantes. É por causa dele que a banda voltou. O Dinho ficou 25 anos sem tocar. Porque a música não faz sentido para ele se não for com Os Mutantes. Ele sempre foi o mais ponderado, o mais pé no chão. Um contraponto ao comportamento volátil da Rita, do Arnaldo e meu. É muito sério em tudo o que faz. Por isso, quando ele disse "Eu toco", entendi como a coisa era realmente forte.''
"Quando você entra embaixo da estrela d'Os Mutantes, é outra energia. É algo intangível, nada concreto, que só o artista consegue entender. Há coisas neste disco novo que eu nunca faria na minha carreira-solo."
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