UMA BOMBA NO AHÚ


Que dureza foi enfrentar a cabine de 400 Contra 1, que estreia na outra semana. Uma e hora meia que não passava nunca.

Para quem não está ligando o nome ao filme, trata-se daquela produção carioca rodada aqui no presídio desativado do Ahú, com alguns atores e técnicos locais, além de detentos de Piraquara como figurantes. Mas não aparece mais nada de Curitiba na tela (me corrijam se estiver errado).

Com a proposta "polêmica" de contar a origem do Comando Vermelho com uma pegada pop (que medo!), o longa é só mais um subproduto dessa safra atual de thrillers nacionais. Ou seja: traz a luta de bandidos legais contra policiais escrotos - e burros até dizer chega.

Não bastasse o posicionamento ingênuo, 400 Contra 1 constrange com cenas de perseguição dignas dos Trapalhões, saltos temporais excessivos e atuações medianas. Nem o talentoso Daniel de Oliveira nos salva da bomba. Aliás, alguém já viu A Festa da Menina Morta, com ele? Esse eu indico...

2 comentários:

  1. Lamentável. Gosto e pesquiso bastante sobre o tema. Aliás, nunca achei pra vender o livro "400 contra 1", do William Professor, que eu imagino tenha servido de base pro filme.

    Taí um assunto bem legal pra alguém destrinchar. Deve ter muita lorota nessa história do Comando Vermelho, presos políticos etc.

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  2. Não assisti o filme, mas presenciei sem querer a filmagem em uma rua em Curitiba - me pareceu a cena do roubo de um banco. Filmado num prédio público da Cândido Lopes.

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