CHARME "ESCROTÃO"
Cinema de novo, agora sobre Wall Street - O Dinheiro Nunca Dorme.
Acho que nunca contei aqui, mas o Oliver Stone é um dos meus diretores e roteiristas preferidos (apesar da irregularidade). Então nem preciso dizer que me amarro no primeiro filme, de 1987, que deu ao Michael Douglas o Oscar de melhor ator.
Seu personagem, o "tubarão financeiro" Gordon Gekko, abre esta sequência saindo da cadeia depois de cumprir oito anos por fraude. Mais sete se passam, e ele reaparece aparentemente regenerado, divulgando um livro em que condena a especulação e prevê a crise econômica mundial de 2007.
O foco da história, no entanto, está no relacionamento de sua filha (Carey "Carinha de Cachorro" Mulligan) com um jovem operador de investimentos (Shia LaBeouf). Este último, dividido entre a ambição e o idealismo, está empenhado em se vingar de um outro tubarão que arruinou a empresa - e a vida - de seu mentor.
E para quem o rapazote pede ajuda? Para Gekko, claro, e aí está feita a cama para Douglas deitar e rolar com seu charme "escrotão". Mas a trama não serve apenas como um veículo para o ator, que na vida real está se tratando de um câncer (será que a Academia vai se comover com isso?). Tampouco é um panfleto anticapitalismo, como se espera do "esquerdista" Stone.
Trata-se de um filme completo, no sentido de apresentar várias camadas e temas (família, ética, política, economia, tecnologia). Completo, mas não perfeito. A duração, por exemplo, poderia ser menor. Também não sei se quem está por fora do colapso de três anos atrás vai entender os meandros da história.
De qualquer forma, taí a opção "adulta" da semana.
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