CURITIBA FUNK 2: GAROTAS NO COMANDO
Na foto de Marcos Borges, as Ousadas do Funk.
Tão curiosa quanto a existência de um movimento de funk carioca por aqui é a constatação de que o fenômeno conta com uma forte participação feminina. Há mais grupos de dançarinas do que DJs e MCs, o que parece ser uma contradição numa subcultura frequentemente acusada de desvalorizar a figura da mulher. Mas não é, pelo menos na opinião das garotas envolvidas com o meio.
''A gente sabe que é só por diversão. Além disso, hoje tem várias MCs mulheres gravando músicas que tiram sarro dos homens também'', justifica a vigilante Ana Carolina Góes, 22, que acompanha o circuito funkeiro em Curitiba. Só de cabeça, ela lista diversos grupos de meninas atualmente na ativa: As Causadoras do Funk, As Atrevidas do Funk, Ousadas do Funk, Bonde das Levadas, Bonde das Delícias, Bonde das Felinas...
Uma das integrantes das Ousadas do Funk, Fabi Loira, 21, explica que houve uma debandanda geral na tribo do axé. Segundo ela, a moda da música baiana passou e quem pretende se profissionalizar como dançarina migrou para o batidão carioca. ''Não precisa de muita coisa para dançar. Já ser DJ, ou MC, é um pouquinho mais difícil'', reconhece.
Fabi conta que o trio cobra R$ 150 por performance. Em algumas situações, elas mesmas vendem ingressos para as festas, e depois repartem o dinheiro com os produtores. O que importa, acima de tudo, é estar no palco. ''A gente só quer divulgar a nossa dança, e não ficar mostrando a bunda'', afirma, quando o assunto é o tom erótico das músicas.
Patrícia, 20, das Causadoras do Funk, também não entra na questão, digamos, temática do movimento. Há um ano, ela conheceu o MC Jura pela internet e logo formou o próprio grupo. Hoje, só se dedica ao shows. ''É uma atividade profissional, como qualquer outra'', garante.
A ''causadora'' Gabi, 22, chegou acompanhada da mãe, Suzy, na sessão de fotos para a FOLHA. Entre um clique e outro, ela contou que a filha abandonou os planos de ser modelo para requebrar ao som do funk. ''Eu me preocupo, né? Mas como ela gosta disso, tento dar o máximo de instrução. O que mais a gente pode fazer?'', resigna-se.
Marcadores:
causadoras do funk,
folha de londrina,
funk carioca,
funk em curitiba,
mc jura,
ousadas do funk,
reportagem
Assinar:
Postar comentários (Atom)
deveriam colocar garotas mais bunitas de corpo e de rosto.....
ResponderExcluir