INVICTUS E NINE


Admito que fui com um pouco de má vontade à cabine de Invictus. Ver o Morgan Freeman encarnar, pela enésima vez, o "ancião justo e generoso" não é a minha concepção de um programa interessante.

Mas tive de dar o braço a torcer. Já na metade da projeção, não conseguia imaginar outra figura na pele do Mandela. Ponto também para o Clint Eastwood e sua incrível precisão como diretor. Nas mãos de qualquer outro, o filme viraria um dramalhão do Supercine.

De qualquer forma, taí um novo título para ser exibido nos treinamentos motivacionais.


Depois veio Nine, do mesmo diretor de Chicago. E com o Daniel Day-Lewis (gênio!) no papel principal.

Os dois filmes têm uma fórmula que eu curto: a de mostrar os números musicais como delírios dos personagens. Melhor do que começar a cantarolar do nada, né? Pena que este novo trabalho do Rob Marshall tenha alguns problemas graves. Destaco três:

1) Todos falam e cantam em inglês, mas com sotaque italiano, francês e espanhol. Chega uma hora em que você não aguenta mais.

2) Os musicais contemporâneos são kitsch em sua essência. Este, no entanto, escorrega para o brega mesmo. O que é aquela sequência com a Fergie?!

3) Nenhuma canção fica na cabeça quando a sessão termina.

No mais, a história tem uma ambientação que, particularmente, não me atrai. Talvez se eu fosse um gay de meia idade fã de cinema italiano...

Enfim, dois trabalhos que têm seu valor. Só não foram feitos para mim.

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