APOLOGIA?


Continuo fazendo a festa com meu novo brinquedo: o contador de visitas do blog.

Não o deste, lido por meia dúzia de chegados. Mas o outro, de reportagens, atrai figuras até de outros países, que caem lá depois de uma busca no Google. Como dá para ver as palavras que o internauta digitou, a diversão é garantida.

Nos últimos dias, aumentou a procura por balões, baloeiros e afins. Uma subcultura que, apesar de ilegal, cresce loucamente no Brasil e movimenta um comércio de materiais, DVDs, camisetas e bijuterias "temáticas".

Quando saiu minha matéria sobre o assunto, houve quem dissesse que eu estava fazendo apologia ao crime. Bobagem. A proposta era entender a motivação dos baloeiros. Sem julgamentos.

E admito: só procurei a polícia e os bombeiros porque o texto sairia num jornal, num veículo tradicional. Se fosse um trabalho independente, teria passado batido pelas autoridades. Porque a gente já está careca de saber o que o lado oficial tem a dizer.

O jornalismo, meus amigos, não é uma ciência exata. Cada um deveria fazer como acha melhor. Com honestidade, claro. Mas sem fórmulas que engessam.

Seguem os tradicionais trechos. Para ler tudo, entre aqui.

PS: O balão da foto é de outro tipo, eu sei. É que achei muito massa.

(...) O noticiário policial revela apenas superficialmente o estágio atual de uma tribo que não para de crescer: a dos baloeiros. Antes uma manifestação folclórica, a soltura de balões juninos ganhou uma ''pegada'' de cultura urbana contemporânea e hoje se espalha pelas periferias brasileiras.

(...) Editados como clipes de esportes radicais, os registros de soltura e resgate de balões são uma febre. E não apenas na web. Há um verdadeiro ''mercado negro'' de DVDs que buscam transmitir a emoção envolvida na atividade. Para se ter uma ideia, a série Capital Ecológica, produzida em Curitiba, já está na 13 edição. O mesmo grupo lançou, recentemente, um vídeo dedicado exclusivamente à caçada de balões, Profissão Resgate.

(...) Gordo é formado em Administração de Empresas e atua na área. Mas já vendeu papel de seda para se sustentar. "Construí uma casa só com o dinheiro do papel", afirma. Ele conta que empresários do setor, e também do ramo de fogos do artifício, costumam patrocinar concursos de balões, os chamados Bocas de Ouro.

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